16.12.07

“Meu querido Pai Natal,

Eu desejo receber a “Barbie dentista” e uma cozinha de brincar. Gostava de passar o Natal com a minha mãe, o meu pai, a minha irmã, a tia, tio e o meu primo pequenino. Adoro quando a minha mãe faz peru para a consoada, mas ela disse-me que este ano vai fazer bacalhau. Convence-a a fazer peru, vá lá.

Hoje fiz a árvore de Natal com a minha mãe e ficou muito engraçada! Este ano a minha irmã não nos quis ajudar, pois disse que já não ligava a isso, não percebo porquê, eu adoro fazer a árvore de Natal!”

 

Tinha acabado de jantar e pedido para me levantar da mesa, agora estava a reler novamente aquela carta que tinha escrito ao Pai Natal e posto na botinha há quatro anos atrás! Como estou diferente! Já não brinco com bonecas e a cozinha está no sótão!”-pensei eu.

Aquela noite estava a ser tão triste. Desta vez o Natal era passado em minha casa com os meus avós, não tinha o meu primo a chatear-me para brincar com ele que, apesar de ser chato, alegrava-me. Não havia nada para fazer, sentia-me só, o Natal deixou de ser significativo para mim, agora sim percebia a minha irmã, quando dizia que fazer a árvore de Natal não era assim tão especial…Este ano foi a minha mãe que a fez sozinha, à sua maneira!

Já não me importava com o que iria receber, mas sim, se as pessoas iam gostar das prendas que eu iria dar, e este ano não espreitei nem uma única vez as minhas prendas que estavam na árvore de Natal, não tive simplesmente curiosidade.

O espírito natalício naquela sala era tão pouco ou quase nulo. Estava triste, apetecia-me chorar. Porque é que a minha família não era como todas as outras? Que raio de espírito era aquele para uma altura de Natal?

O pior é que deve ter sido sempre assim, eu é que era pequenina e não me apercebia disso!

Não aguentei e fui chamar a minha irmã, desabafei com ela. Depois, ela contou-me que sentia o mesmo e disse-me:”Tenta não pensar nisso. Olha já sabes o que vou te dar? Ah, não te digo ! O que será?!”

Com um piscar de olho e um sorriso contagiante fez com que descontraísse, e quando pensava no que se tinha tornado o meu Natal, o meu pensamento caía novamente na curiosidade e ânsia de saber o que iria receber, que presente me iria dar a minha irmã!

Mas, pensando bem, naquele momento já tinha recebido o melhor presente de todos os meus Natais.

 

Joana Sofia Lopes Ramos

publicado por Margarida às 18:08

bonecas,barbies...
já és muito grande para brincares com isso!!
pede um i-pod é mai fixe!!!
joana a 20 de Dezembro de 2007 às 13:21

De
( )Anónimo- este blog não permite a publicação de comentários anónimos.
(moderado)
Ainda não tem um Blog no SAPO? Crie já um. É grátis.

Comentário

Máximo de 4300 caracteres



Copiar caracteres

 



Página destinada à publicação dos trabalhos dos alunos do 8º C - 07/08
mais sobre mim
Dezembro 2007
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1

2
3
4
5
6
7
8

9
10
11
12
13
14

17
18
19
20
21
22

23
24
25
26
27
28
29

30
31


arquivos
2008:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


2007:

 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12


pesquisar
 
subscrever feeds
blogs SAPO